quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

RESENHA CRÍTICA



Administração e Gestão da Educação: Uma Discussão Conceitual Introdutória 
Rosilda Arruda Ferreira*


*Rosilda Arruda possui graduação em Pedagogia e Mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (1988). Concluiu o doutorado em 1999 em Educação pela Universidade Federal de São Carlos.
Atualmente, é professora adjunta da Universidade Federal da Bahia (Ufba), principalmente nas seguintes temáticas: educação superior; avaliação educacional; gestão da educação; construção de indicadores de qualidade em educação; epistemologia e sociologia do conhecimento.


O presente artigo aborda a gestão da escola pública no Brasil como tema importante para o campo educacional, porém os debates e os conflitos estão associados a projetos sociais e políticos, que de acordo com a autora estão expressos em duas óticas: a gestão pela qualidade e a gestão pela qualidade social, sendo esta uma gestão democrática e participativa, contudo as duas se apropriam dos termos democratização e participação além de está relacionada a projetos sociais distintos.

A autora coloca como relevante e urgente a discussão dos processos que envolvem a gestão da educação pública. Isso pelo fato de a escola ser considerada um espaço de formação humana e está envolvida pelos avanços tecnológicos e pelo acelerado desenvolvimento da sociedade contemporânea.  Sendo assim, fica explícita de acordo com Ferreira a importância em se ter uma gestão escolar democrática, onde se tenha uma gestão pedagógica administrativa e financeira mais independente e que as escolas priorizem uma melhor educação, respeitando assim os valores socioculturais e que ao mesmo tempo, o conhecimento não seja apenas uma transferência, mas que seja sempre construído coletivamente, tornando o sujeito envolvido neste espaço mais autônomo e capacitado para o mundo social.

No campo de uma complexidade, é preciso refletir sobre a gestão escolar. Não só além dos recursos financeiros, mas numa gestão onde os objetivos estejam relacionados ao respeito e valorização humana, visto que a gestão da educação não pode ser vista como neutra, mas que venha também desempenhar um papel político importante. É nesse pensamento que a gestão educacional desempenha o que a autora explícita como relevante para o presente estudo, pois foi o ocorreu com a organização e a administração da educação durante o período da história politica e cultural do país no início do século XX até os momentos atuais.

Vale destacar que do início do século XX até 1930, a gestão da educação é vista a partir das teorias de Taylor com os seguintes dizeres: que a eficiência de uma empresa depende que seus funcionários sejam capacitados utilizem pouco tempo nas realizações de suas atividades, evitem os desperdícios e que não exista interferência de tarefas entre os trabalhadores, ou seja, um trabalho isolado. Já a visão de Fayol traz a ideia da administração a partir da previsão, organização, comando e controle. Mas tanto Fayol como Taylor, ambos pressupõe a administração a partir de uma hierarquia entre aqueles que mandam e os que cumprem tarefas. Logo, fica claro que os valores adequados por esses estudiosos são da sociedade capitalista, consolidando mais ainda os interesses dos poderosos.

Ferreira expõe também sobre as ideias defendidas por Mayo ( final da década de 20 e início da década de 30), onde passa ser relevante na administração a parte de colaboração e participação, visando com isso o bem estar do empregado. O que não se adere na teoria de Fayol e Taylor é que as teorias se diferenciam no sentido de que Mayo, enfatiza a necessidade de considerar o psicológico do trabalhador. Já Fayol e Taylor visam à produção, ou seja, o trabalhador como uma máquina. Contudo, as teorias se assemelham no que se refere ao termo controle, onde as decisões ainda são resolvidas a partir de uma hierarquia pré-determinada. 

Diante do transcrito, buscando cada vez mais a motivação humana, é na década de 50 que através da Escola Comportamentalista, o mesmo visava às necessidades humanas, compreendendo dessa forma os problemas existências entre o capital e o trabalho como sendo problemas isolados e pessoais, além também, de se apropriar da psicologia como uma forma de mascarar a dominação pelas organizações. Ainda no século XX, o sociólogo Max Weber traz a teoria da burocracia, que se baseia na racionalidade com o intuito de se garantir os objetivos a que se propõe. Essa teoria se apropria da hierarquia na divisão do trabalho, enfatiza uma especialização da administração, uma profissionalização dos seus participantes e um caráter às normas e regulamentos. Ou seja, há um controle total por parte da administração. Apesar de o mesmo ser pouco aceitável, ainda se faz pertinente nos dias de hoje, pois há muito tempo vem resistindo às mudanças.

De acordo com a autora no que se refere às ideias de Bresser Pereira, ela ressalta que a forma exagerada que direciona a administração burocrática, torna-se desumana com relação aos trabalhos mecânicos. Sendo assim,  fica claro que esta teoria é contraditória em uma sociedade que busca se constituir a partir de conhecimentos e de informações.

Considerando as teorias que constituíram todo o processo da administração pública, percebe-se a influência exercida a partir de enfoques administrativos na gestão da educação, sendo também visível a existência de uma administração hierarquizada e burocrática, onde diretores, coordenadores e professores, exercem um forte domínio sobre os alunos. Ou seja, o papel do mesmo sempre tem que ser o de passivo, sem ao menos poder questionar alguma decisão oriunda de alguma autoridade. Nem a própria família do indivíduo foge a essa regra, uma vez que perante as instituições escolares, não tem nenhum direito de participar nas decisões que permeiam os interesses da administração educacional.

Fazendo uma análise sobre a influência do que emerge as concepções na administração, Rosilda Ferreira ressalta as análises realizadas por Benno Sander sobre os cinco enfoques. Lembrando que estes serão abordado de maneira à retratar a história da administração educacional. O Jurídico de origem europeia, do período colonial, possui o caráter normativo, legalista e está relacionado à tradição do Direito  Administrativo  Romano. Este enfoque exerceu forte influência até a década de 30, pois, baseava-se aos valores do positivismo, que elucidava os conceitos de ordem, equilíbrio, harmonia e funcionamento das instituições políticas sociais.

 Já no período Brasil República, o enfoque organizacional ou tecnocrático baseou-se na eficiência e produtividade, pois, seguiam as ideias de Taylor e Fayol, que tinha como características o modelo de máquina, onde o que importava era a economia, a produtividade e a eficiência. Este enfoque durou até a década de 60 e foi bastante presente na administração pública, especificamente na administração da educação, de uma forma tecnicista, e que segundo alguns teóricos da época, os problemas da educação seriam solucionados através dele. O enfoque comportamental inicia-se na década de 40 com movimentos contrários aos princípios e práticas tradicionais da administração clássica. O que verifica durante esta fase é a busca pelo resgate da dimensão humana nas fábricas, nas organizações e nas escolas e universidades. Este enfoque ganha uma dimensão maior com o movimento psicosociológico das relações humanas, destacando-se nestes, a interação da dimensão humana e a dimensão institucional da administração, o que de certa forma era relevante na educação.

No que se refere ao enfoque desenvolvimentista, o mesmo desenvolveu-se no período pós-guerra, e com relação ao termo educação, o fator principal colocado por Sander é que o desenvolvimento econômico era tido como um instrumento de progresso e ascensão social. Com a crise de otimismo pedagógico nos anos setenta, começa a surgir à necessidade de se buscar teorias que se adequassem à política e a cultura local. Surge então como último enfoque, o sociológico, que leva em consideração o contexto social, político e econômico, onde é exercida a atividade administrativa. O certo é que a luta pela gestão democrática de ensino  e qualidade  se faz presente, assim como todos os agentes educativos envolvidos nesse processo  de luta por uma escola mais humana e menos burocrática e hierarquizada. Percebe nesse contexto uma luta constate por uma gestão democrática e participativa condizente com as conquistas populares pautadas na constituição federal brasileira de 1988..

É nesse processo que a escola adquire maior importância no contexto econômico-social, pois através dela é que se formará uma nova filosofia de comportamento no indivíduo para que o mesmo se adapte às transformações sociais que venham surgir. Ainda dentro deste contexto, a palavra do momento é o binómio autonomiaxparticipação. Diante de uma redemocratização por parte do Estado Brasileiro, o mesmo surge com o propósito de se ter uma sociedade mais participativa. E por se tratar de uma fase marcada por fortes crises econômicas (principalmente a década de 70 e 80), a redução de despesas atrelada a uma maior otimização na utilização dos fatores produtivos ( terra, trabalho e capital) fez com que houvesse uma reformulação nas políticas educacionais, onde estas teriam como pontos chaves, uma gestão de caráter essencialmente participativa.

Com base nisso, a criação do MARE ( Ministério da Administração Pública e Reforma do Estado) só veio a somar na difusão de uma nova mentalidade condizente com a conjuntura do momento. Além de participa na produção do Plano Diretor da Reforma do Estado, o MARE tinha como principal estratégia implantar uma administração de perfil gerencial em substituição a administração antiga, modelo administrativo burocrático.

No final do século XX, o Estado já não atendia aos anseios da sociedade. A sua deficiência em manter serviços de perfil básico na população atrelada a outros fatores como por exemplos, guerras fiscais, elevadas inflações, baixa competitividade mercadológica, fez com que uma nova visão de modelo econômico se destacasse como a salvadora da pátria naquele momento. E os modelos educacionais, proposto como um grande auxiliar na formação desse novo pensamento sofrerá grandes transformações na sua essência. Ao ser inserido em num contexto de gestão gerencial, a educação passa a ter como tema chave a palavra sociedade participativa. Ou seja, o Estado descentraliza as suas atividades e dar maior autonomia aos gestores educacionais, ou na formulação das políticas na área de educação ou na manutenção das verbas orçamentarias destinadas às escolas. Além disso, a sociedade se torna parte desse processo, pois é ela quem dará o pontapé inicial na formulação do que se achar necessário em termos pedagógico para o seu alunado.

Contudo, o Estado diminui a sua responsabilidade sobre o seu papel na sociedade e o modelo neoliberal, com características do livre mercado, faz com que surja uma sociedade mais fiscalizadora e mais presente no acompanhamento do processo de evolução humana. Por outro lado, como em qualquer modelo econômico ou educacional, as falhas sempre farão parte do seu processo. A quebra de paradigma é sempre de longo prazo e por conta disso, a resolução de determinado conflitos sempre encontrarão barreiras diante daqueles que não aceitam sair da zona de conforto. A título de ilustração, numa sociedade em que o indivíduo sofria restrição de liberdade de expressão como na ditadura militar brasileira, por exemplo, dificilmente terá facilidade de se expressar na democracia em que nos encontramos atualmente. Um fato é consenso entre os processos de mudança: o desejo de se fazer parte de uma sociedade justa e igualitária. E seja qual for a política aplicada, a educação é a palavra chave para se atingir uma comunidade com as suas benéficas que desejamos.


                                                                                                             








REFERÊNCIA

FERREIRA, Rosilda Arruda. Administração e Gestão da Educação: Uma Discussão Conceitual e Introdutória. Texto produzido para a disciplina: Gestão Educacional.

SANDER, Benno. Administração da Educação no Brasil: genealogia do conhecimento. Brasília: Líber Livro, 2007

A importância da contação de história no espaço escolar

1-Introdução

   
Presente texto tem como objetivo ressaltar o grande valor da contação de história no espaço escolar e também para o desenvolvimento cognitivo da criança. Porém com o avanço da tecnologia, é cada vez mais difícil incentivar as crianças e adolescentes a sentir o prazer de uma leitura e/ou de ouvir uma boa história. E assim, torna-se cada vez mais um grande desafio para o educador, criar meios a desenvolver na criança esse gosto e prazer pela leitura.
    Desta maneira o educador, que compreende que a contação de história é um grande auxílio em suas práticas pedagógicas, nos anos iniciais na educação escolar da criança irá refletir buscando meios de inserir nas suas práticas diárias, a contação de história, com o objetivo de cada vez mais estimular e desenvolver o gosto pela leitura no ambiente escolar. Pensando assim, cabe ao educador buscar recursos que possa desenvolver esse gosto, pois em sim, o ato de contar uma história desperta sentimentos de afetividade, além de desenvolver cada vez mais a criatividade na criança. E assim, para que essa prática ocorra de maneira favorável, é preciso que o educador identifique meios e recursos necessários para ser um bom contador de história, pois desta forma saberá valorizar todos os aspectos da história.

2-Refletindo sobre a arte milenar de contar história

  Antigamente o ato de contar história despertava interesse e admiração aos que ouviam, mesmo sendo a contação de história em  certa época considerada inferior à escrita, desta forma o contador de história se tornou uma pessoa importante, visto que suas história permitiam além do prazer, o desenvolvimento da imaginação e afetividade nas pessoas. E assim, na Idade Média, o contador de história passou a ser uma figura, que transmitia respeito em todos os lugares, certo de ser alguém muito importante.
  O ato de contar história na Idade Média, como na atualidade, apresenta-se como um meio de conservar valores culturais, assim como, a propagação de novos conhecimentos por meio das histórias.


3-Valorizando a contação de história no espaço escolar
A contação de história, sendo uma fonte de prazer, e de desenvolvimento no processo cognitivo de aprendizagem da criança, deve surgir como suporte ao educador nas suas práticas, e assim o mesmo deve relevar que o ato de contar história, não deve ser algo realizado de qualquer maneira. COELHO (1995) diz:  “constatada a importância da história como fonte de prazer para criança e a contribuição que oferece ao seu desenvolvimento, não se pode correr o risco de improvisar.” Porque quando uma criança ouve uma boa história, sua imaginação e sentimentos de valores são resgatado, porque esse momento é essencialmente importante ao sujeito, porque muitas são a história que ficam registrado na sua infância,  levando por toda a sua vida.
Sendo assim, é essencial que o educador perceba que as histórias devem ser condizentes com a realidade de vida do educando. Porque da mesma maneira que a história restaura e liberta, ela pode aprisionar. E para que esse interesse seja despertado cada vez mais pela criança é importante que seja de acordo com a faixa etária e a realidade socioeconômica dos ouvintes.
Outro aspecto que não deve deixar de ser esquecido sobre a contação de história, no espaço escolar, é que mesmo sendo, essa prática um bom recurso na aprendizagem, jamais deve ser utilizado como avaliação, porque perderá todo seu real papel de ser fonte de alimento a imaginação e criatividade da criança, deixando de ser um momento prazeroso, para ser mais uma cobrança nesse sistema educacional que favorece a uma  avaliação, que muitas vezes só pune no lugar de avaliar o desenvolvimento da criança, de maneira positiva incentivando cada vez seus interesses na novas descobertas de conhecimento.
Portanto o momento da contação de história deve ser valorizado pelo educador, de forma que possa desenvolver a oralidade e explorar a criatividade  da criança.
 Nesta perspectiva, sabendo do real valor que a história proporciona ao educando, se faz pertinente que educador, estude a história e estimule a interação no ambiente que está se desenvolvendo a mesma, levando o educando a participar sempre que possível da história. Isso não quer dizer que estudar a história significa decorar ao pé da letra até porque segundo Coelho(1995) “Estudar uma história é em primeiro lugar, captar a mensagem que nela está implícita e, em seguida, após algumas leituras, identificar os seus elementos essenciais, isto é que constituem a sua estrutura”. Até porque decorar uma história não é nada fácil.

4-Recursos utilizados na contação de história
Para que a contação torne-se estimulante e desperte o interesse na criança é preciso buscar recursos que incentive a imaginação e a criatividade da criança e assim vários são os recursos como: gravuras, cantigas, o flanelografo, fantoches e livros, e também não só o material físico, como a voz do contador o corpo e o olhar são essencialmente necessário para que a história seja atrativa a quem está ouvindo. Agindo desta maneira o contador vai tornando esse momento rico na valorização da oralidade.

5-Considerações finais
A contação de história sendo uma fonte enriquecedora de alimento a imaginação e a criatividade da criança, faz se pertinente, que o educador reconheça a sua importância e busque na sua caminhada profissional cada vez mais se aperfeiçoar como um bom contador de história, desenvolvendo a identidade e autonomia da criança, resgatando e conservando valores culturais. Promovendo um prazer pela leitura através do ato de contar. 


Referências

 COELHO,Betty.Contar história uma arte sem idade.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013


Universidade Federal da Bahia
Faculdade de Educação
Departamento I
Curso de Pedagogia
EDC291 Educação de Jovens e Adultos
Docente- Sandra Marinho
Discente- Dejenane Silva

FONTE: COELHO, Ana Maria Simões; EITERER, Carmem Lúcia. A didática na EJA: contribuições de Gaston Bachelard. In:SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino. (orgs). Diálogos na educação de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. P. 169-183.

A didática na EJA:
Ao iniciar o texto A didática na EJA as autoras Ana Maria Simões e Carmem Lúcia ressalta suas inquietações acerca das contribuições de Bachelard no Campo do Ensino Fundamental jovens e adultos a respeito da construção do conhecimento e o processo ensino aprendizagem desenvolvido na sala de aula pelos educadores da EJA. De acordo com as autoras a visão de mundo dos adultos representa um aspecto importante, concepção admitida por Bachelard. Partindo da ideia de que as experiências vividas pelo sujeito EJA, sejam de grande valia para construção do conhecimento. Contudo surge  inquietações nas autora, como relacionar as experiências do educando com as convicções pedagógicas do educador EJA.
Com a constituição de 1988 e a LDB a educação de jovens e adultos aponta como necessidade para esse campo: formação de educadores, um currículo adequado, materiais e estratégias de ensino diferenciado para atender as necessidades dessa especificidade. Sendo assim percebe-se que as concepções de Paulo Freire sobre a alfabetização de jovens e adultos traz em si valores importantes para esse campo, porque Freire releva a ideia de valorizar a visão de mundo do educando, como ponto de partida para formação humana, ou seja, para Freire não basta só a escolarização é preciso da continuidade a esse processo, porém a partir da experiência no Projeto Fundamental de jovens e adultos foi possível observar que a prática escolar não considera as especificidades do sujeito EJA, logo não se coloca como relevante as experiências vividas pelo educando.
Segundo as autoras a questão a relação do aluno com conhecimento escolar na EJA evidencia-se como uma importante problemática a ser analisada, logo as contribuições da pedagogia,  faz com que muitos dos  professores compreendam  necessidade da  participação do aluno estimulando assim o diálogo, desfazendo  a ideia de uma educação  onde o aluno é apenas um vaso a ser preenchido. Nesta perspectiva surge o desafio para o educador EJA de saber relacionar a valorização da vivência de mundo com as aquisições do conhecimento científico. E nesse sentido que consideramos as contribuições de Bachelard, importante pois ele descarta o autoritarismo do professor e a passividade do aluno na construção do conhecimento. Reconhecendo que o processo ensino aprendizagem acontece a partir da relação educador e educando, pode-se assim visar uma pedagogia mais efetiva onde o foco no aluno é a valorização do conhecimento que ele traz a partir das suas experiências.
Na formação do espírito científico, Bachelard deixa claro que ao longo dos séculos os modelos científicos são substituídos, porém não ocorreu de maneira linear, logo de acordo com o autor o saber verdadeiramente ocorre quando se opera a substituição de imagens e analogias por conceitos, enfim para Bachelard a cultura cientifica teria como ponto de partida afetividade dando ênfase aos conhecimentos dos alunos, ou seja, sair da mecânico para o dinâmico.Nesta perspectiva o autor, professor e filosófico defende a ideia de apresentar ao aluno um ensino ativo, em que através do diálogo possibilite o aluno a ser um questionador. Norteando em todos os aspectos a problemática da formação do sujeito EJA na relação professor x aluno, e na construção  do processo ensino aprendizagem, fica evidente que existem modelos que são excludentes, que é preciso reconhecer a necessidade de se respeitar a diversidade de valores, experiências de vida desses sujeitos e que cabe ao educador saber conviver com as diferentes visões de mundo trazido pelos educando.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012


Fichamento  elaborado a partir   do texto Critério para análise  e seleção de textos de literatura infantil.

“Atualmente,  existe uma grande variedade de obras infantis e juvenis no mercado. (...) O professor que for trabalhar com essas obras é preciso selecionar um bom acervo de literatura para seus alunos visto que a maioria são de qualidade duvidosas.”(p.75)
“Os critérios para garantir uma boa seleção nos acervos que estimule a criança a se interessar pelas histórias e por novas leituras, requer do professor um conhecimento teórico sobre a importância e a função da literatura infantil na formação da criança.”(p.75)
“A análise dos elementos extrínsecos deve  levar em conta, sobretudo, a faixa etária da criança para quem o livro  destina.(p.75)
“Como os leitores que estão  ainda não possui domínio na leitura é preciso que os textos sejam curtos, vocabulário acessível e a ilustração  possibilite uma boa compreensão da história.(p.76)
“A ilustração exerce um valor importantíssimo pois estimula o raciocínio e a criatividade do leitor, por isso os desenhos deve ser mais relevante do que a parte escrita.(p.76)
“Existem determinadas  ilustrações que  requer um certo cuidado do professo,r por que elas retratam estereótipos  e preconceitos.(...)Personagens más são feias enquanto fadas príncipes possui um ótimo aspecto . É necessário que o professor rejeite estes livros que serve como meios que reforçam determinados tipos de preconceitos.(p.76)
O texto literário, sobretudo o infantil, deve  apresentar o registro escrito convencional. (...) Pois é comum encontrar edições que não foram revisados, cheios de erros, para um leitor no processo de alfabetização, pode acarretar problemas no  processo de aquisição do código escrito.”(p.76,77)
“As crianças que estão na fase dos 2 a 6 anos,possui pouca diferença entre o mundo exterior e o interior vivendo no período do egocentrismo. A idade da imaginação.Os livros oferecidos aos bebês devem apresentar objetos que estejam relacionados com seu cotidiano para que eles possam ser identificados.”(p.77)
“As crianças de 7 ao 9 anos  deixa-se levar pela fantasia . É a idade dos contos de fadas.Nesta fase a criança tem um gosto acentuado por textos poético e por ritmo e rimas.”(p.77)
“Na fase dos 9 aos 12 anos as crianças ainda possui interesse por contos de fadas e sagas, mas o leitor começa a buscar as histórias de aventuras.(..)nos 12 a 14 ou 15 anos é período da pré- adolescência aos poucos o leitores   tomam consciência da própria personalidade. Os interesses gerais de leitura são por livros de romances, aventuras e de histórias sentimentais”.(p.77)
“A última fase é da maturidade. Nesta fase o leitor já é capaz de valorizar a trama, a forma e o conteúdo das histórias. A leitura passa ser diversificada e abrange conteúdo mais intelectual, atualidades , história de amor e etc .”(p.77)
“A função dos livros infantil é despertar o interesse e o imaginário da criança, apesar do livro está ligado à escola é preciso que o professor diferencie os textos literários e informativos porque existem  textos informativos disfarçados de literários como gotinhas d’água, lições de higiene e outros, logo esses tipos de textos devem ser descartados.”(p.78)
“Os textos que transmitem ensinamentos morais ou padrões de comportamentos em geral conservadores  que  sempre relevam  uma criança ou animal desobediente e travesso que por seus atos  são castigado, é ideal que professor evite a inclusão desses livros nos seus acervos.”(p.78)
“Na seleção de livros literários não devem  faltar os contos de fadas tradicionais. Porque eles despertam o mágico, maravilhoso  e mais são ideais para  crianças que se encontram na fase da fantasia. Não esquecendo da necessidade desses contos serem também analisados por existirem diferentes versões”(p.78)
“Os contos de fadas retratam aspectos positivos e negativos. Para os aspectos negativos os opositores alegam que estes contos possuem valores estereotipados de bem , mal e feio, já os que defendem os contos afirmam estes fornecem modelo de estrutura sociais e comportamentais que facilitam o entendimento da complexidade do mundo adulto.”(p.79)
“A seleção de poemas é importantíssimo.  Porque poemas que ressaltam temas patrióticos , dia das mães, dos pais e outros são de qualidades duvidosas. A boa poesia infantil parte da experiência linguística da criança para que elas possam criar jogos sonoros e semânticos.A boa literatura infantil é aquela capaz de encontrar leitores de todas as idades.”(p.79)  
O domínio da leitura é uma  experiência importante na vida da criança ,porque determina o modo como ela irá perceber a escola e aprendizagem em geral.Por ser tão importante a leitura é necessário que os textos sejam estimulantes.”(p.79)
“ O ato da criança ler torna-se para ela uma aventura fascinante, que lhe garante um novo domínio. A fascinação de exercê-lo torna-se ainda maior quando a criança descobre que através da ficção e da poesia, encontra resposta às suas indagações interiores.”(p.80,81)
“A aprendizagem da leitura deve propiciar à criança a sensação de que, por meio delas, um mundo diferente aos seus costumes e regras se abre a sua mente. Logo é necessário que o professor selecione obras significativas,  que enriqueçam o mundo interior da criança e que se harmonizem com suas aspirações.”(p.81)
“As criança deixa-se fascinar por narrativas de contos de fadas e outras histórias de gêneros , porque elas materializam o seu desejo de crescer, de se transformar e de transformar o mundo. Projetando-se nos heróis, liberam suas emoções e conflitos interiores saindo fortalecido a após a leitura.”(p.82)
“ Por desenvolver as áreas afetivas e intelectual, a  leitura dos textos literários na alfabetização oferece efeitos que vão possibilitar a criança compreender o real e atuar criativamente e criticamente sobre a sociedade que ela atua.”(p.83)
“ A prática da leitura do texto literário  nas séries iniciais pressupõe a prática da leitura escrita,momento que a criança se mobiliza e libera o imaginário infantil, sendo assim o aluno não só enriquece seu domínio linguístico como cria novos textos.”(p.83)
“ A proposta de leitura de textos literários no processo de alfabetização ,que vise a formação do leitor  apoia-se em quatro ações básicas:capacitação do professor alfabetizador, seleção de textos, proposição de atividades de leitura e de produção textual e de atores que legitimam o esforço dos docentes,voltados para a promoção da leitura.”(p.83)
“Compreende que o professor conheça a maneira como a criança aprende e estabeleça uma relação comunicativa afável, porque a formação do seu aluno leitor depende da sua capacitação como professor-leitor, ou seja, é o teórico junto com a prática que vão  garantir o processo ensino aprendizagem.”(p.84)
“ Os textos literários com  embasamento que  vai  o explicar a escrita.Mas pela relação afetiva e intelectual que possibilita no leitor, visa promover o desenvolvimento da consciência linguística do alfabetizando e o acesso às convenções da língua, que abrangem organicidade dos textos , os padrões frasais, as microestruturas,a combinação de fonemas, grafema,domínio lexical e conceitual.”(85)
“ A atividade de leitura e de produção textual centra-se em roteiros, concebidos como forma de organização e sistematização do trabalho da leitura e da escrita do leitor. O roteiro é  dividido em etapas:atividade introdutória à recepção do texto, leitura compreensiva e interpretativa do texto e transferência e aplicação de leitura.”(p.86)
“ O resultados  da leitura  e a produção textual a partir do trabalho com a literatura só são positivos quando no ambiente escolar conduz à dinâmica entre a Literatura e Alfabetização.Quando este trabalho envolve alunos, funcionários da escola e os pais transformando-os  em interlocutores e co-responsáveis pelo sucesso da aprendizagem e pela valorização do livro e da leitura.(p.79)

CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEXTO

O texto Critério para análise e seleção de textos de literatura infantil aborda um assunto importante sobre o valor da literatura infantil para o leitor principalmente aquele que está no processo de alfabetização, assim como o cuidado que se deve ter nas escolhas dos acervos.
No que  se refere  a seleção dos livros a autora ressalta sobre a variedade que existe no mercado e a qualidade que  são  duvidosas, o que fica claro é  a necessidade do  educador ter  domínio sobre o papel que a literatura infantil exerce na formação da criança como sujeito.Quando fala de cuidados na  escolha destes acervos, está relacionado também  as ilustrações e aos conteúdos para não relevar determinados preconceitos e estereótipos  que podem  interferir na formação da criança, além dos erros que são  prejudiciais para os leitores   que estão no inicio do processo da aquisição do código da escrita.
A autora traz como relevante  as fases da criança e o que desperta seu  interesse       em relação aos livros de literatura, neste sentido fica evidente que cada momento pede um  tipo de acervo , fazendo com que a função do livro infantil seja despertar o imaginário da criança.
A autora coloca bem a diferença entre textos literários e informativos, logo ressalta que textos informativos disfarçados de literários devem  ser descartados pois eles relevam ensinamentos morais.Norteando toda a importância da literatura infantil assim como as características e cuidado com a seleção na escolha do livro a autora nos leva a compreender  que uma boa literatura infantil  é capaz de  atingir o leitor  independente da fase que ele esteja, e mais  a leitura é uma experiência que determina o processo de aprendizagem,por isso é bom que seja estimulante.
Em fim os resultados  de trabalhar  a literatura infantil com  crianças que estão no processo de alfabetização é altamente positivo pois desenvolve na criança o gosto , o interesse pela leitura, além  das áreas afetivas e intelectual bem ressaltado pela a autora no texto.E mais possibilita que a criança seja capaz de criticar assim como atuar como sujeitos  na sociedade da qual ela atua.Com isso percebemos que trabalhar com a valorização dos livros significa sucesso na aprendizagem.

sábado, 8 de dezembro de 2012


Brincadeira e Educação

A Educação exerce grande contribuição sobre o desenvolvimento do individuo, e pensando na Educação infantil, percebemos que representa o inicio de todo processo de construção e  de aprendizagem que a criança percorrerá, ou seja, a sua trajetória de construção de conhecimento dentro do espaço educacional.
Compreendendo a pré-escola como fator essencial na educação do individuo devemos ter um olhar especial de importância para o ato da criança brincar, pois a brincadeira é uma atividade de integração e socialização.
O processo de construção de conhecimento, desenvolvimento social e cognitivo da criança acontece a partir da experiência social e de  integração que a criança vivência desde o nascimento, pensando assim percebemos que por ser a brincadeira lúdica e espontânea, a criança sente-se livre onde sua criatividade se faz presente. Logo podemos ver na brincadeira uma ferramenta de valor fundamental nas práticas sociais e complementares do espaço escolar. É preciso que a instituição escolar assim como o educador traga na sua concepção a importância do brincar  para que  o processo de aprendizagem ocorra de forma que a criança sinta-se livre e autônoma no seu desenvolvimento social e cognitivo.
Neste sentido de construção podemos compreender que quando a criança brinca ela constrói a sua realidade, criam situações, hipóteses, tornam-se sujeitos privilegiados independentes de seus pensamentos e ideias sendo assim remete a Wapskop:
Na vivência desses conflitos as crianças podem enriquecer a relação com seus coetâneos, na direção da autonomia e cooperação compreendendo e agindo na realidade de forma ativa e construtiva.(p.33)
Por ser considerado a brincadeira  um período fundamental na pré-escola é preciso que o educador possa criar situações para estimular a criança nesse lúdico do brincar para que ela possa transformar e produzir novos significados.
Segundo a autora Wapskop é preciso criar mecanismo para possibilitar que a criança possa desenvolver melhor o processo de aprendizagem. Logo a brincadeira pode ser compreendida como produção social e cultural da sociedade.,Portanto inserir a ludicidade no ambiente escolar deve ser visto como uma necessidade não como algo que deve  ser descartado, pois jamais brincadeira deve ser colocada como perda de tempo no processo de construção de aprendizagem.






quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Resenha sobre improvisação do teatro de Spolin,Viola


Resenha

Spolin, Viola

Improvisação para o teatro / Viola Spolin; [tradução e revisão Ingrid Dormien Koudela  e Eduardo José de Almeida Amos]. – São Paulo: Perspectiva, 2005. – (Estudos; 62 / dirigida por J. Guinsburg). Titulo Original: Improvisation for the theater 2ª reimpr. da 4. ed. de 2000. Bibliografia. ISBN 85-273-0139-3.

Credenciais da Autora

Viola Spolin ( Chicago, 7 de novembro de 1906 Los Angeles, 22 de novembro de 1994) autora e diretora de teatro, é considerada por muitos como a avó norte-americana do teatro improvisacional. Elaboradora dos Jogos Teatrais, metodologia de atuação e ensino de teatro, está presente em todos os fundamentos da atual comédia norte-americana, assim como os jogos apresentam influências do cabaré alemão e da commedia dell'art (Los Angeles Times). Ela influenciou a primeira geração de artistas norte-americanos da arte da improvisação através do Compass Theater e do Second City, grupos teatrais de Chicago das décadas de 1950 e 1960.

 

O texto a Experiência Criativa a autora Viola Spolin traz a ideia que todas as pessoas podem atuar, improvisar e que se desejarem podem jogar, aprender e ter seu valor no palco. Entretanto de acordo com a autora experiênciar é envolvesse totalmente no ambiente tendo a espontaneidade como momento de liberdade pessoal. Espontaneidade essa que possibilita o indivíduo a sua formação como sujeito, além de permitir momentos de descoberta, experiência e expressão criativa, visto que o professor junto com aluno realizem experiência onde a criativa e a inspiração são essências  para que possam atuar no palco.

Dando ênfase maior na questão da espontaneidade a autora dividiu em sete aspectos.

O primeiro é o jogo que se caracteriza por ser uma forma natural onde o grupo possibilita a pessoa o total envolvimento necessário para que a experiência possa acontecer. No aspecto da aprovação e desaprovação é preciso permitir ao jogador a liberdade necessária para jogar, porém esse aspecto retrata uma característica marcante que é o autoritarismo, causando uma inibição na formação do sujeito. E assim podemos perceber que muitos de nós fomos educados por aprovação e desaprovação, sendo passivos a julgamentos já estabelecidos não permitindo ser capaz de fazer nossas próprias escolhas. Porém quando esse autoritarismo é quebrado o sujeito torna-se autônomo de si, descartando essas qualificações como “bons” ou “maus” feita desde o nascimento. Enfim podemos concluir que a verdadeira liberdade pessoal e a auto-expressão só acontece realmente quando as atitudes entre professor e aluno possibilitem  a igualdade e a autonomia  entre ambos as partes

Na expressão de grupo podemos perceber a importância do talento para atividade artística, e a diferença entre competição imposta que é aquela que destrói a natureza básica da atuação no palco ocultando a auto-identidade e separando um jogador do outro, já competição natural é aquela que permite uma melhor abertura para atividade de grupo estimulando resolução de problemas e permitindo que o indivíduo permaneça intacto enquanto joga.

O que seria do ator sem a platéia?

Na realidade o ator deve ter bem claro que não existe teatro sem plateia, até porque eles são os convidados os avaliadores, ou seja, eles dão significado ao espetáculo. A platéia é um grupo do qual o ator está compartilhando suas experiências. 

As técnicas teatrais é um dos aspectos que dá ao autor a consciência direta e dinâmica de atuar, sabendo que quando o autor sabe que existem várias maneiras , de fazer e dizer algo as técnicas aparecerão de maneira ampla e total.

A transposição do processo de aprendizagem é um treinamento teatral que segundo Viola não se faz em casa, a única tarefa de casa é a experimentação. E o material necessário para o teatro é o crescimento artístico que é oferecido pelo mundo. A fiscalização o sétimo aspecto se faz pelo relacionamento físico e sensorial, ou seja, o artista capta e expressa para o mundo o que podemos chamar físico e através da linguagem física que o autor comunica-se com a platéia.

No texto procedimentos: nas oficinas de trabalho, Viola traz a ideia que a improvisação acontece do encontro e atuação do presente e que pode está em constante transformação. Assim solução de um problema é importante, pois elimina a necessidade do professor analisar o intelectual e retalhar o trabalho de um aluno utilizando-se de critérios pessoais, logo deve ser livre a maneira como aluno ator soluciona o problema, tornando-se uma questão pessoal. Na solução de problemas é importante evitar o dogmatismo para não prender-se em palestras de como atuar, logo tem-se que cada um a partir de seu próprio ponto de vista focalize mutuamente os problemas que surgirão. A partir do ponto de concentração independente da pessoa ou idade qualquer pessoa pode aprender teatro mesmo ele sendo uma arte complexa. Podemos entender que na realidade o ponto de concentração libera força grupal e o gênio individual, contudo existe alunos que resiste trabalhar com POC, estes serão sempre problemas e jamais serão capazes de improvisar, até porque improvisar é atuar sobre o ambiente e permitir que os outros atuem sobre a realidade presente, ou seja, como num jogo. A avaliação no sentido de procedimento para oficinas de trabalho é importante que o professor-diretor não veja como algo isolado, que ele deve assumir sozinho, é necessário que seja construída tanto pelo professor como pelo aluno, porque a avaliação é uma parte importante do processo e é vital para que se compreenda o problema tanto para o jogador como para platéia.

A instrução além de servir como um guia proporciona ao aluno a auto-identidade, ou seja, a instrução auxilia para que o ponto de concentração seja mantida dentro da atividade, logo percebemos a instrução como uma fonte de energia que mantém a realidade do palco viva para que o aluno ator possa exercer sua atividade.

Na apresentação do problema o professor-diretor deve levar em consideração uma atuação simples e rápida, assim como a linguagem deve ser objetiva para que a solução do problema seja clara.

E a composição do ambiente deve ser composta pelo físico, onde o palco deve ser equipado oferecendo o necessário para se atuar, e a atmosfera do ambiente deve possibilitar o momento de prazer e desconcentração como explica Viola.

Podemos entender como sentido de tempo, quando um problema de atuação é interrompido. Enfim durante as oficinas de trabalho, é importante se ter como ideal um ambiente planejado, até porque quando os jogadores possui um bom êxito se obtém uma experiência mais ampla.

O texto compreender a criança Viola Spolin nos remete a importância da liberdade pessoal com a finalidade de permitir a criança a oportunidade de experenciar, e que a oficina teatral possibilite a liberdade pessoal e a igualdade.

O trabalho com o grupo infantil deve ser estimulador, motivador propiciando posteriormente a liberdade pessoal para que ocorra expressão individual.

O ambiente do teatro infantil deve ser diferenciado, porque deve ter uma estrutura motivadora com acessórios que despertem o interesse da criança, como: locais para dançar, brincar e jogar. Os jogos devem ser selecionados, pois eles são instrumentos valiosos para o treino do teatro até porque qualquer tipo de participação grupal incluindo-se movimento, ritmo e som é de grande valor.

Atenção e energia do grupo infantil deve conter três partes essenciais: Jogos, movimentos criativos e teatro.

Jogo Dramático muitas vezes não passam de um faz de conta onde a criança tem a liberdade de dramatizar personagens e fatos de experiências vívida no seu cotidiano. Por isso assim como o adulto a criança leva tempo fazendo jogo dramático.

Quanto ao palco é preciso que a criança compreenda que não é uma extensão de sua vida e que o ator no palco deve criar a realidade, sendo assim permissível conservar o jogo espontâneo da criança transformando em comportamento de Palco comunicável, dando ênfase assim a luta pela criatividade que nada mais é uma atitude, um modo de encarar algo, logo a criatividade é sim a curiosidade, a alegria e a comunhão vívida pela criança em um espaço que lhe foi permitido onde existe a liberdade pessoal de penetrar no ambiente e experienciar.

Na verdade percebemos que uma pessoa livre, trabalhando com a arte deve ser disciplinada, pois a liberdade criativa depende da disciplina. Contudo a disciplina imposta produz inibições e ações de rebeldia nas crianças, podendo assim ter a consequência negativa para o ensino.
Enfim de maneira significativa podemos ter um olhar de acordo com Viola, que a criança a partir do momento que é dada liberdade pessoal ela é sim autônomo de si, capaz de construir seus conceitos e ideais. Devemos sim tratar crianças como iguais mais nunca como adultos.