1-Introdução
Presente texto tem como objetivo ressaltar
o grande valor da contação de história no espaço escolar e também para o
desenvolvimento cognitivo da criança. Porém com o avanço da tecnologia, é cada
vez mais difícil incentivar as crianças e adolescentes a sentir o prazer de uma
leitura e/ou de ouvir uma boa história. E assim, torna-se cada vez mais um
grande desafio para o educador, criar meios a desenvolver na criança esse gosto
e prazer pela leitura.
Desta maneira o educador, que compreende
que a contação de história é um grande auxílio em suas práticas pedagógicas,
nos anos iniciais na educação escolar da criança irá refletir buscando meios de
inserir nas suas práticas diárias, a contação de história, com o objetivo de
cada vez mais estimular e desenvolver o gosto pela leitura no ambiente escolar.
Pensando assim, cabe ao educador buscar recursos que possa desenvolver esse
gosto, pois em sim, o ato de contar uma história desperta sentimentos de afetividade,
além de desenvolver cada vez mais a criatividade na criança. E assim, para que
essa prática ocorra de maneira favorável, é preciso que o educador identifique
meios e recursos necessários para ser um bom contador de história, pois desta
forma saberá valorizar todos os aspectos da história.
2-Refletindo
sobre a arte milenar de contar história
Antigamente o ato de contar história
despertava interesse e admiração aos que ouviam, mesmo sendo a contação de
história em certa época considerada
inferior à escrita, desta forma o contador de história se tornou uma pessoa
importante, visto que suas história permitiam além do prazer, o desenvolvimento
da imaginação e afetividade nas pessoas. E assim, na Idade Média, o contador de
história passou a ser uma figura, que transmitia respeito em todos os lugares,
certo de ser alguém muito importante.
O ato de contar história na Idade Média, como
na atualidade, apresenta-se como um meio de conservar valores culturais, assim
como, a propagação de novos conhecimentos por meio das histórias.
3-Valorizando a contação de história no
espaço escolar
A
contação de história, sendo uma fonte de prazer, e de desenvolvimento no
processo cognitivo de aprendizagem da criança, deve surgir como suporte ao
educador nas suas práticas, e assim o mesmo deve relevar que o ato de contar
história, não deve ser algo realizado de qualquer maneira. COELHO (1995) diz: “constatada a importância da história como
fonte de prazer para criança e a contribuição que oferece ao seu
desenvolvimento, não se pode correr o risco de improvisar.” Porque quando uma
criança ouve uma boa história, sua imaginação e sentimentos de valores são
resgatado, porque esse momento é essencialmente importante ao sujeito, porque
muitas são a história que ficam registrado na sua infância, levando por toda a sua vida.
Sendo
assim, é essencial que o educador perceba que as histórias devem ser condizentes
com a realidade de vida do educando. Porque da mesma maneira que a história
restaura e liberta, ela pode aprisionar. E para que esse interesse seja
despertado cada vez mais pela criança é importante que seja de acordo com a
faixa etária e a realidade socioeconômica dos ouvintes.
Outro
aspecto que não deve deixar de ser esquecido sobre a contação de história, no
espaço escolar, é que mesmo sendo, essa prática um bom recurso na aprendizagem,
jamais deve ser utilizado como avaliação, porque perderá todo seu real papel de
ser fonte de alimento a imaginação e criatividade da criança, deixando de ser
um momento prazeroso, para ser mais uma cobrança nesse sistema educacional que
favorece a uma avaliação, que muitas
vezes só pune no lugar de avaliar o desenvolvimento da criança, de maneira
positiva incentivando cada vez seus interesses na novas descobertas de
conhecimento.
Portanto
o momento da contação de história deve ser valorizado pelo educador, de forma
que possa desenvolver a oralidade e explorar a criatividade da criança.
Nesta perspectiva, sabendo do real valor que a
história proporciona ao educando, se faz pertinente que educador, estude a
história e estimule a interação no ambiente que está se desenvolvendo a mesma,
levando o educando a participar sempre que possível da história. Isso não quer
dizer que estudar a história significa decorar ao pé da letra até porque
segundo Coelho(1995) “Estudar uma história é em primeiro lugar, captar a
mensagem que nela está implícita e, em seguida, após algumas leituras,
identificar os seus elementos essenciais, isto é que constituem a sua
estrutura”. Até porque decorar uma história não é nada fácil.
4-Recursos utilizados na contação de
história
Para
que a contação torne-se estimulante e desperte o interesse na criança é preciso
buscar recursos que incentive a imaginação e a criatividade da criança e assim
vários são os recursos como: gravuras, cantigas, o flanelografo, fantoches e
livros, e também não só o material físico, como a voz do contador o corpo e o
olhar são essencialmente necessário para que a história seja atrativa a quem
está ouvindo. Agindo desta maneira o contador vai tornando esse momento rico na
valorização da oralidade.
5-Considerações finais
A
contação de história sendo uma fonte enriquecedora de alimento a imaginação e a
criatividade da criança, faz se pertinente, que o educador reconheça a sua
importância e busque na sua caminhada profissional cada vez mais se aperfeiçoar
como um bom contador de história, desenvolvendo a identidade e autonomia da
criança, resgatando e conservando valores culturais. Promovendo um prazer pela
leitura através do ato de contar.
Referências
COELHO,Betty.Contar história uma arte sem idade.
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